Foi com grande agrado que recebi o convite para participar nestes artigos de opinião numa plataforma informativa que considero relevante no panorama desportivo de Matosinhos, cidade onde sou residente.
Aproveito este primeiro espaço para agradecer o convite que me foi endereçado o qual será um novo desafio para mim e ainda para fazer uma pequena apresentação sobre o meu percurso e o que me traz a estes artigos.
O repto que me foi lançado foi escrever sobre Andebol, modalidade que bem cedo se enraizou em mim e que é uma das minhas grandes paixões. Falar de andebol não é difícil para mim, pois jamais esquecerei as palavras de professores da faculdade que me disseram que se notava a paixão e o entusiasmo quando falava sobre esta modalidade. O meu grande desafio será escrever sobre Andebol e fazer chegar ao leitor essa mesma paixão.
Mas as minhas abordagens não se restringirão apenas ao andebol, ou ao andebol por si só, dado que a minha realidade atual junta-o ao Desporto Adaptado, nomeadamente ao Desporto para atletas com Deficiência Intelectual. Portanto, abordarei andebol, desporto adaptado, desporto para Todos, desporto na escola, entre outros, em diferentes perspetivas: umas vezes numa vertente mais técnica, outras mais informativa, outras mais opinativa e outras ainda questionando o leitor sobre assuntos que a mim mesmo me criam dúvidas.
Fazendo uma “pequena viagem” pelo meu percurso, sou licenciado em Educação Física e Desporto e possuo dois mestrados na área do ensino da Educação Física, todos realizados no ISMAI. Fui praticante de Andebol dos 11 aos 23 anos, tendo começado a minha prática no Clube Sportivo Nun’Alvares, na minha área de residência. Foi também neste clube que tive a primeira experiência como “treinador”, quando tinha apenas 16 anos, e me “atiraram” a meia dúzia de “feras” com idade bambi e mini. Por ser uma referência no clube mas essencialmente por ter escolhido a opção de Desporto no ensino secundário comecei a formação desportiva daqueles meninos. Não estava minimamente preparado para o desafio mas ficou a experiência.
Uns anos mais tarde, e já estudante universitário, decidi deixar o jogo jogado pelo jogo treinado. Primeiramente nos escalões do Padroense (clube que também representei enquanto atleta) e após a conclusão da licenciatura chegou o convite para integrar o quadro técnico da ADA Maia/ISMAI. Foram quatro anos enriquecedores na equipa maiata que terminaram com o 2º lugar no Campeonato Nacional de Iniciados em 2011/2012.
Após esse ano de um intenso e exaustivo trabalho, decidi trilhar outro caminho. Um caminho diferente mas com um percurso enriquecedor que foi o de fomentar a prática do andebol na deficiência intelectual, dentro do projeto andebol4all da Federação de Andebol de Portugal. De referir, que nesta fase também estava já ligado ao desporto adaptado através das modalidades de futebol e futsal. Juntou-se então o útil ao agradável.
Neste momento continuo a trabalhar nesta área como Técnico Nacional de Andebol da Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual (ANDDI-Portugal), onde fui nomeado também Selecionador Nacional.
Nos próximos artigos prometo ser um pouco mais sucinto mas prometo ainda dar sempre uma visão pessoal, numa permanente confrontação de ideias com o leitor porque é esta a minha forma de estar no Desporto… e na vida.